Coluna Efeito Borboleta

Essa é a semana de largada para os preparativos do Rock in Rio 2015, comemorando seus 30 anos, trazendo o Queen ( lógico que sem Freddie Mercury ), nessa onda comemorativa.
O dia 18 de setembro é o dia da estréia. O Festival que se transformou num evento de música, com diversos gêneros, ainda tem a sua pegada roqueira.
Rock in Rio é um evento do Rock and Roll.
Em 2013, depois que o festival terminou, homenageei esse estilo musical que se transformou num estilo de vida. Acredito que seja interessante reeditá-lo para começarmos a curtir essa vibe. Eu estarei lá no dia 27 de setembro, fechando o musical na sua última noite. Como todo egresso da juventude dos anos 80/90, curtir o show do A-ha será algo surreal… Vamos ao texto publicado em setembro de 2013.
MÚSICA EM MIM II

Quero me dirigir aos jovens de hoje e aos de ontem também.
Aos atuais fãs de Justin Timberlake e aos que embalaram o Brasil e o Mundo entoando, em coro com Freddie Mercury, “Love Of My Life”, num verdadeiro transe musical em 1985.
Quem não se lembra desta cena naquele primeiro Rock in Rio?
Embalado pela onda deste que é o maior festival de música do mundo e refletindo sobre o que talvez me tenha levado à escolha do Rock para tema deste artigo, inicialmente, imagino que tenha sido por causa do impacto e do dinamismo deste estilo musical.
Pode ser… também.
No caminho da reflexão, analisando o Rock, o descobri não só no seu aspecto musical, mas principalmente na sua condição de formador de conduta e influenciador de posturas e atitudes.
O Rock, desde que surgiu, “fez a cabeça” do jovem. Pois é… para muitos, o Rock é mais uma bandeira de luta e liberdade do que uma curtição musical.
É verdade! O Rock muitas vezes deixou de ser um estilo musical para ser um estilo de vida. Ser roqueiro é ir além da curtição do som. É imprimir na sociedade a sua marca.
Ao longo dos anos, a juventude, cada uma na sua época, apoderou-se do Rock para ilustrar a sua forma de viver e de pensar, mas como tudo tem prós e contras, o Rock também produziu os seus excessos. Fez apologias equivocadas e esteve entre os maiores responsáveis pelos desvios comportamentais do jovem. Mas como tudo é questão de opção, temos a possibilidade de escolhermos o que é bom e positivo e descartarmos o que é ruim e destrutivo.
Caso não saibam, o Rock surgiu nos subúrbios dos Estados Unidos, no final da anos 40 e rapidamente se espalhou para o resto do mundo. A década de 50 assistiu ao crescimento da popularidade da guitarra elétrica. Os efeitos sociais do Rock foram massivos e mundiais. Muito além de um simples estilo musical, o Rock influenciou estilos de vida, moda, atitudes e linguagem. Mas foi em solo britânico que se desenvolveu a grande Cena Rock, sem as barreiras raciais que se mantiveram nos Estados Unidos. Até o final de 1962, o Rock Britânico tinha ganhado grupos como Beatles e os Rolling Stones. No Brasil, o Rock desembarcou no início da década de 60. Ainda nos anos sessenta, surgiu a Jovem Guarda, primeiro movimento do Rock no país e de sucesso entre boa parte da juventude brasileira. No final da década, o grupo Mutantes misturou o Rock à diversidade da música brasileira. Foram também os primeiros a serem conhecidos no exterior. Na virada para a década de 70, surge no cenário do Rock Brasileiro, nomes como Raul Seixas. Na década seguinte, o Rock Brasileiro seguiu um caminho com uma temática mais urbana e cotidiana. Entre os principais destaques, estavam bandas como Legião Urbana que foi um das maiores bandas de Rock dos anos 80 e 90, entre outros como, RPM, Ultraje a Rigor, Ira!, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial e Os Paralamas do Sucesso.
O Rock, sempre teve atrelado a si, um espírito de engajamento de vanguarda, de oposição e crítica. Como um jovem antenado deve ser. No Brasil, por exemplo, em seu auge, nos anos 80, serviu como agente transformador através de sua crítica social.
Imprimam ao som do Rock sua marca com atitudes boas. Tenham nome e sobrenome para que sejam reconhecidos. Com certeza, quem tem atitude, sairá sempre vitorioso das batalhas. Afinal de contas, nada melhor do que celebrar o sucesso de uma batalha com uma boa música… e o Rock é perfeito para isso.
Ouçam e curtam o Rock. Ele conta a história de várias gerações que ousaram com rebeldia e coragem.
Não desviemos nunca do traçado que a vida desenhou. Sigamos o rumo e encontremos o sucesso. Tudo isso com muita alegria e é lógico, embalados por muito “Rock na Veia”.