Está proibida no Estado do Rio de Janeiro a fabricação, comercialização, transporte e distribuição das armas que disparam bolinhas de gel, as chamadas gel blasters. A regra consta da Lei 10.980/25, de autoria original da deputada Tia Ju (REP), aprovada pela Alerj, sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada em edição extra do Diário Oficial de 03/10.
As gel blasters são réplicas de armas que utilizam pequenas esferas de gel — que se expandem em contato com a água — e funcionam por bateria com propulsão a mola. A nova lei complementa a Lei 2.403/95, que já proíbe brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo que possam ser confundidos com armamento real.
Ao defender a medida, Tia Ju citou episódios recentes de agressões e riscos à população: “Essa ‘brincadeira’ virou risco para a população, já que jovens e adultos estão simulando confrontos nas ruas, organizando guerras em locais de grande circulação e atirando em pessoas desprevenidas”. A parlamentar também alertou para o uso estético que confunde a segurança pública: “Os jovens já estão pintando esses ‘brinquedos’ para ficarem parecidos com armas de verdade e se caracterizando para simular guerras. Isso pode levar a polícia e a população a confundi-los com armas de fogo.” — Tia Ju
Casos como o de um carroceiro atingido em Campos dos Goytacazes e o de um bebê ferido no Estado de São Paulo foram citados pela autora como exemplos do potencial lesivo. A lei recebeu coautoria dos deputados Carlos Minc (PSB), Carlinhos BNH (PP), Claudio Caiado (PSD), Dionisio Lins (PP), Elika Takimoto (PT), Marcelo Dino (União), Renato Machado (PT) e Samuel Malafaia (PL).