A Secretaria de Ordem Pública (Seop), com apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, começaram a demolir, no dia 13/8, a demolição de um condomínio com mais de 40 construções irregulares na comunidade Parque União, na Maré, na Zona Norte. Parte dos imóveis chega a ter seis pavimentos, porém, 90% deles ainda estavam em fase de alvenaria e totalmente desocupados. Eles foram erguidos sem nenhuma autorização da Prefeitura e não tinham responsável técnico pelas obras. Engenheiros da Prefeitura estimam prejuízo de R$ 30 milhões aos responsáveis pelas construções.
Entre os imóveis, duas coberturas chamaram a atenção. De acordo com engenheiros, as duas juntas foram avaliadas em R$ 5 milhões. Uma delas possuía dois andares, acabamento em mármore e porcelanato e uma grande área de lazer, com churrasqueira e uma piscina de 40 mil litros de água. O imóvel tinha vista privilegiada para a comunidade, para um campo de futebol e uma área onde eram realizadas festas.
Já a segunda cobertura era de um quadriplex com acabamento de luxo, jacuzzi e closet, escadas com lâmpadas de LED automático, além de uma piscina com cascata e churrasqueira. No térreo da unidade os agentes encontraram um quarto com dezenas de caixas de vinho e champanhe.
De acordo com investigações da Polícia Civil, as construções irregulares são resultado de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas local. No início de julho, agentes da Seop estiveram no local e notificaram todas as estruturas.
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