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Cunha afirma que Dilma terá de cortar gastos para equilibrar contas

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse nesta terça-feira (8) que a presidente Dilma Rousseff terá de cortar gastos a fim de equilibrar as contas públicas. Apesar de não ter visto o pronunciamento de Dilma pelo dia da Independência, Cunha considerou a fala da presidente coerente.

Em discurso veiculado pela internet, Dilma disse que pode ter cometido erros superáveis. Segundo a presidente, as dificuldades que o País enfrenta obrigou o governo a lançar mão de remédios amargos.

Para Eduardo Cunha, em uma situação de déficit ou se cortam gastos ou se aumentam receitas. “Aumentar receitas pode se dar pela melhoria da economia ou por aumento de alíquotas ou criação de tributos. Como aumento de alíquotas e criação de tributos é uma situação que a sociedade não está a fim – nem os empresários nem o contribuinte quer pagar mais –, eu acho que ela vai ter que partir para o remédio amargo, que é cortar gastos”, disse o presidente da Câmara. Mesmo os gastos sociais podem ser cortados, na avaliação de Cunha. “Você só faz política social se há uma sobra orçamentária que te permita isso”.

Ainda segundo Eduardo Cunha, a Câmara não está disposta a votar aumentos de custos nem de impostos. Ele criticou a possibilidade de aumentar tributos por meio de decreto, como o governo já fez com o PIS e a Cofins. Já um aumento de Cide, na visão de Cunha, poderia ter impacto na inflação.

Pauta de votações
Eduardo Cunha informou ainda que a pauta desta terça-feira do Plenário é a remanescente da semana passada. Ele disse, por outro lado, que aguarda o envio da reforma política pelo Senado a fim de se debruçar sobre o assunto nesta quarta e na quinta-feira.

Na semana passada, o presidente da Câmara já havia anunciado sua intenção de restabelecer a autorização de doação de empresas a partidos políticos na nova votação da reforma política infraconstitucional pelos deputados (PL 5735/13, também chamado de minirreforma eleitoral). Ao votar o tema na semana passada, o Senado, como casa revisora, aprovou o fim do financiamento empresarial a campanhas e a partidos. Segundo Cunha, o texto já aprovado na Câmara será mantido.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Patricia Roedel