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Eduardo Cunha quer começar logo rito de impeachment

O presidente da Câmara pretende fazer a eleição na quinta-feira para escolher os integrantes da comissão especial, que vão julgar o pedido contra Dilma

O DIA
Brasília – Um dia depois das manifestações contra o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem que pretende acelerar a tramitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. O Supremo Tribunal Federal (STF) define amanhã os últimos detalhes sobre o rito para o afastamento da presidente.

“Da minha parte há disposição de tocar com a celeridade que tem que ser tocada. Com a decisão do STF, vamos tocar, até para que não se diga que está se obstruindo um processo desse”, disse. Cunha suspendeu as votações na tarde de amanhã, no plenário da Câmara, para que os deputados possam acompanhar o julgamento pelos ministros do Supremo dos embargos de declaração com questionamentos em torno do rito do impeachment. Segundo Cunha, já na quinta-feira, a Câmara dará início à eleição para a comissão especial que vai julgar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ou na sexta-feira, caso os ministros não terminam o julgamento amanhã.

“A ideia é tocar imediatamente. Vai ter que ter alguma eleição. Se o Supremo decidir como decidiu em dezembro, terá que se eleger a nova comissão. Se o Supremo rever a decisão, de qualquer maneira tem o complemento da comissão que não foi eleita naquele dia”, afirmou.

Instalada a comissão especial, Dilma terá dez sessões plenárias para a apresentação da defesa. A comissão tem outras cinco para deliberar. “Pode fazer 15 sessões em três semanas, ou em cinco semanas. Depende se dá quórum segunda ou sexta. Depende da presença dos parlamentares segunda e sexta”, disse Cunha.

Dilma tenta manter PMDB

Quatro dos seis ministros do PMDB se reuniram ontem com a presidente Dilma Rousseff. No sábado, o partido reelegeu o vice-presidente Michel Temer para comandar a sigla por mais dois anos e determinou ao Diretório Nacional que decida, no prazo de 30 dias, se a legenda deixará o governo. Nesse período, nenhum peemedebista poderá aceitar cargos no Executivo – a expectativa do governo era anunciar o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) na Aviação Civil.

Dilma espera conseguir evitar o desembarque do PMDB do governo federal. Foram ao Palácio do Planalto: Marcelo Castro (Saúde), Kátia Abreu (Agricultura), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Eduardo Braga (Minas e Energia).