Congresso do Sicomércio, realizado pela CNC, contou com a cobertura da Agência Adjori Brasil de jornalod_jornallismo. Para o presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, “a alma do Sicomércio está no micro, no pequeno e no médio empresário”
Foto: Bianca Backes/Adjori Brasil
A atuação sindical patronal foi o tema central das discussões durante o Congresso Nacional do Sicomércio, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entre os dias 28 e 30 de outubro, no Rio de Janeiro. O evento contou com a participação das 34 federações do país, com mais de mil dirigentes sindicais de todo o Brasil.
O presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, afirmou que “nossas entidades, que são responsáveis por mais de 50% do PIB do país, vieram aqui para trocar experiências e informações, discutir seus problemas e mostrar que suas conquistas são fundamentais para o futuro o Brasil”. Afirmou também, que “a alma do Sicomércio está no micro, no pequeno e no médio empresário e por isso todos são bem-vindos a essa edição de 2015, na bela cidade do Rio de Janeiro”.
Os debates abordaram os temas derivados de seis eixos fundamentais para a atuação dos sindicatos patronais, como as relações sindicais, atuação legislativa e gerencial, produtos e serviços e comunicação. Os encontros contaram com a presença de especialistas e líderes da representação sindical dos empresários do setor.
Temas como o projeto de lei que amplia o regime tributário do Simples Nacional, o novo Código Comercial, a necessidade da adequação da terceirização à legislação, desburocratização e as perspectivas das relações de trabalho, no atual cenário econômico, foram apresentados em 14 palestras e diálogos.
Na abertura dos trabalhos, o Ministro do Tribunal Superior Federal (STF), Marco Aurélio Mello, relatou otimismo em relação ao futuro do país e criticou a volta da CPMF, que classificou como um “verdadeiro confisco”. Sem prazo para ser extinto, a previsão é a de que o tributo seja relançado pelo governo com uma tarifa de 0,2%, cobrada nas operações de débito e crédito.
“Os senhores têm um papel relevante no cenário brasileiro. O Brasil não precisa de mais leis, acima de tudo, precisa de um banho de ética. Que cada qual faça sua parte!” afirmou Marco Aurélio Mello.
A Substituição Tributária foi abordada pelo jurista Ives Gandra Martins, que defendeu a adoção de uma alíquota nacional única do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Os empresários do comércio que na luta diária para manter seus negócios, precisarem reduzir seus preços para competir e sobreviver, poderão ser prejudicados pela substituição tributária, pagando mais do que deveriam”, afirmou Ives Gandra.
O deputado federal Alex Canziani (PTB-PR) alertou para a necessidade de se pensar também na formação dos educadores, transformando os professores em profissionais que façam a diferença na educação e saibam engajar os alunos. Canziani sugeriu a criação, pelo Senac, a entidade de qualificação profissional do Sistema Comércio, de um centro de formação de professores.
“O Parlamento precisa saber mais sobre o Sistema S, sobre a Confederação, o Sesc e o Senac. Essas instituições podem ser parceiras dos parlamentares e assim poderemos encaminhar novos projetos para beneficiar o país”, afirmou Canziani.