A Justiça do Rio de Janeiro determinou a soltura de Walter e Matheus Vieira, sócios do PSC Lab Saleme, laboratório de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, investigado por erros em testes de HIV em órgãos transplantados no estado.
Pai e filho, os empresários foram presos em outubro, quando as irregularidades vieram à tona. Eles agora responderão ao processo em liberdade, sob cumprimento de medidas cautelares.
A informação foi confirmada pela CNN.
A falha em dois exames de HIV resultou na infecção de seis pacientes com o vírus no Rio de Janeiro. Os laudos apresentaram falso negativo.
Quem são os réus
- Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, sócio
- Walter Vieira, sócio
- Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica (presa)
- Ivanilson Fernandes dos Santos, funcionário (preso)
- Cleber de Oliveira Santos, funcionário (preso)
- Jacqueline Iris Barcellar de Assis, funcionário (presa)
Relembre o caso
Autoridades investigam a infecção de pacientes com HIV após receberem órgãos transplantados no Rio de Janeiro. O caso é analisado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Sáude, Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro.
Seis pessoas contraíram a doença após passarem pelo procedimento.
Dois doadores teriam feito exame de sangue em um laboratório privado na Baixada Fluminense e os resultados apresentaram falso negativo.
A CNN confirmou que os testes foram realizados pelo laboratório PCS Lab Saleme, que possui sede em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O laboratório foi contratado pela Secretaria de Estado de Saúde para testar os doadores de órgãos.
É a primeira vez que algo do tipo ocorre no Brasil. Apenas no Rio de Janeiro, 16 mil pessoas já passaram por transplantes desde 2006.
Nota do TJ-RJ
A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) julgou, nesta terça-feira (10/12), parcialmente procedente os pedidos de habeas corpus impetrados pela defesa de Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira e Walter Vieira, decretando a liberdade provisória dos acusados, mediante a aplicação de medidas cautelares. Os dois são sócios do Laboratório de Análises Clínicas – Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS Saleme), de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, contratado pela Fundação Saúde para fazer a sorologia de órgãos doados no Rio de Janeiro. Em outubro, o laboratório passou a ser investigado por erros em testes de HIV em órgãos transplantados no estado.