
Em meio à repercussão da megaoperação que deixou 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta terça-feira (28) a aceleração da tramitação de projetos ligados à segurança pública. As informações são da CNN.
Durante sessão no plenário, Motta afirmou que a Câmara está atenta às demandas da sociedade e deve responder com agilidade. “Existem matérias, General Girão, que são urgentes, a exemplo das matérias de segurança pública. Essas matérias nós temos, sim, aprovado urgência e trazido ao plenário porque nós temos uma situação muito complexa no país, a exemplo do que está vivendo hoje o Rio de Janeiro”, declarou.
O parlamentar destacou que a aprovação de requerimentos de urgência — que permitem votação direta em plenário, sem passar pelas comissões — é uma “demonstração clara de que a Câmara precisa responder com veemência e com firmeza em prol do combate ao crime organizado e às facções criminosas”.
A fala ocorreu em resposta ao deputado General Girão (PL-RN), que questionou o ritmo das votações e a prioridade dada a determinadas pautas. O tema ganhou peso político após a operação Contenção, que mobilizou mais de 2.500 agentes e se tornou a mais letal da história do estado.
Apesar do apoio à tramitação acelerada, Motta enfrenta críticas de parte dos parlamentares, que veem nas urgências uma forma de esvaziar o trabalho das comissões permanentes. Durante sua campanha à Presidência da Câmara, ele havia prometido reforçar o papel dos colegiados no processo legislativo.