Está proibida, em todo o Estado do Rio de Janeiro, a fabricação, comercialização e distribuição de armas de gel — conhecidas como gel blasters. A determinação está prevista na Lei nº 10.980/25, de autoria da deputada Tia Ju (REP), aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e sancionada pelo governador Cláudio Castro. A norma foi publicada em edição extra do Diário Oficial na última sexta-feira (03/10).
A nova legislação surge após diversos episódios envolvendo ferimentos causados por disparos dessas armas, incluindo um carroceiro atingido em Campos dos Goytacazes e um bebê ferido no colo da mãe, em São Paulo.
O projeto conta ainda com a coautoria dos deputados Carlos Minc (PSB), Carlinhos BNH (PP), Claudio Caiado (PSD), Dionisio Lins (PP), Elika Takimoto (PT), Marcelo Dino (União), Renato Machado (PT) e Samuel Malafaia (PL).
Brincadeira que virou risco
As gel blasters ganharam popularidade nos últimos meses, impulsionadas por vídeos nas redes sociais que mostram jovens encenando combates em espaços públicos. Inspiradas em jogos como Call of Duty e Fortnite, as chamadas “guerras de gel” têm ocorrido em bairros como o Complexo da Maré e Vila Kennedy, atraindo inclusive crianças.
Importadas, em sua maioria, da China, as armas de gel custam entre R$ 290 e R$ 750 e disparam pequenas esferas hidratadas. Embora sejam consideradas de baixo risco, o uso descontrolado em locais de grande circulação tem gerado preocupação entre moradores e autoridades.