O projeto de um novo autódromo no Rio finalmente começa a sair do papel. Nesta terça-feira (19/08), a Rock World — empresa da família Medina, também responsável pelo Rock in Rio — apresenta ao prefeito Eduardo Paes e ao secretário municipal de Esportes, Guilherme Schellder, o plano diretor da arena automobilística que será erguida em Guaratiba, na Zona Oeste.
A proposta prevê um autódromo em uma área próxima ao terminal de BRT Mato Alto, entre a Avenida Dom João VI e a Estrada da Matriz. Segundo o desenho inicial, o espaço destinado à pista ocupará no máximo 2% do terreno total. Os outros 98% serão transformados em parque ambiental, com direito a plano de recuperação, replantio de espécies nativas e preservação de um manguezal de 43 mil metros quadrados.
Se tudo avançar dentro do cronograma, a previsão é de conclusão em até 24 meses após o início das obras. A ideia é que, além das corridas, o complexo funcione como uma área verde em uma região marcada pelo solo seco e pouco arborizado. Outro ponto destacado pela Rock World é que o empreendimento não terá recursos públicos. O financiamento será feito por meio de uma Operação Urbana Consorciada, modelo que envolve a valorização imobiliária da área como contrapartida para bancar o investimento.
Faz mais de uma década que o Rio está sem um autódromo. O Autódromo de Jacarepaguá, sede do GP do Brasil de Fórmula 1 entre 1978 e 1989, além de receber corridas de MotoGP, Fórmula Indy e Stock Car, foi oficialmente desativado e demolido em 2012 para dar lugar ao Parque Olímpico. Desde então, promessas de uma nova pista, como o projeto em Deodoro, nunca se concretizaram e acabaram barradas por percalços legais e ambientais.