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Servidores protocolam pedido de impeachment contra Dornelles

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Integrantes do Muspe enviaram documento, nesta quinta-feira, na Alerj. Funcionários estão em greve

GABRIELA MATTOS, PALOMA SAVEDRA E TIAGO FREDERICO

Rio – Os servidores estaduais protocolaram um pedido de impeachment contra o governador em exercício, Francisco Dornelles, na tarde desta quinta-feira, por crime de responsabilidade por não destinar investimentos necessários para a educação e a saúde. O documento foi entregue pelos profissionais e integrantes do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe) ao departamento de protocolos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

 

De acordo com um dos representantes do Muspe, Alzimar Andrade, o decreto de estado de calamidade pública, que foi publicado no Diário Oficial na última sexta-feira, é inconstitucional e prejudica a população. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário (SindJustiça) afirmou ainda que os R$ 2,9 bilhões que o Estado recebeu do governo federal irão apenas para as Olimpíadas.

“Ele tem repassado menos verba para saúde e educação do que a Constituição prevê. A gente exige que ele gaste essa verba do governo federal para os servidores, na saúde, segurança e educação. O estado tem inflado os cargos comissionados, sem concurso”, explicou Alzimar.

Professores protestam em frente à casa de Dornelles

Endereço da residência do governador em exercício, a Rua Itaipava, no Jardim Botânico, Zona Sul, foi renomeada, nesta quinta-feira. Em ato encabeçado por cerca de 40 professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a via recebeu a seguinte denominação: “Rua do Calote”. O termo faz referência aos atrasos no pagamento de salários e também de repasses para a instituição. Devido à greve dos docentes, alunos da Uerj ainda não tiveram uma sequer aula neste ano.

Durante o protesto, até uma placa com o rosto do governador foi afixada em um poste que fica em frente ao prédio de número 18, com o objetivo de alertar aos moradores da região sobre a “mudança” no nome da via. O ato desta quinta-feira foi organizado pela Associação de Docentes da Uerj (Asduerj), com a intenção de surpreender o governador.

“Chegamos por volta das 6h30 e ficamos esperando o Dornelles aparecer para tomar um café com ele, mas o governador passou direto e não nos recebeu. Ele deu apenas um ‘tchauzinho’ de dentro do seu carro e foi embora com o Ademário (seu motorista)”, reclamou o diretor da Asduerj, Paulo Alentejano. Ontem, a frase ‘Vamos embora, Ademário’ viralizou nas redes sociais. Isto porque, ao ser questionado por repórteres sobre o destino dos R$ 3 bilhões doados pelo governo federal, o governador não soube dar uma resposta, pedindo ao seu motorista que deixasse o local. “Estamos lutando pelo pagamento de nossos salários. Neste mês, só recebemos a metade. Dornelles prioriza as Olimpíadas e se esquece da educação”, criticou Paulo Alentejano.