O plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sediou, nesta segunda-feira (18/08), uma sessão solene em homenagem aos 350 anos da criação da Diocese do Rio de Janeiro e aos 450 anos da Prelazia do Rio, marcos históricos da Igreja Católica na cidade. O evento integrou as comemorações oficiais do Ano Jubilar da Arquidiocese de São Sebastião, iniciado em julho deste ano e que se estende até novembro de 2026.
A cerimônia contou com a presença do Cardeal Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, que recebeu, em nome da Arquidiocese, uma Moção de Agradecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo dos séculos em prol da sociedade.
“A presença da Igreja formou o tecido cultural e social da cidade, contribuindo com a educação, a assistência e o apoio a quem mais precisa. Não celebramos apenas datas, mas uma missão de servir e construir pontes”, destacou Dom Orani Tempesta.
O deputado Fred Pacheco (PMN), que presidiu a sessão, ressaltou o papel da fé e da Igreja na história fluminense: “Celebrar os 450 anos da Prelazia e os 350 anos da Diocese é reconhecer a importância da Igreja Católica na construção do nosso Estado e na vida do povo carioca.”
Autoridades e falas marcantes
A solenidade reuniu autoridades religiosas e civis. A presidente da Fundação Leão XIII, Luciana Calaça, representando a primeira-dama do Estado, frisou a missão comum entre Igreja e governo de cuidar da população mais vulnerável.
O bispo auxiliar Dom Hiansen Franco defendeu a importância da memória histórica: “Não podemos permitir que as novas gerações percam a memória do que aconteceu no passado. É tempo de recordar para construir um futuro sólido.”
O Padre Eduardo Douglas, do Seminário Arquidiocesano de São José, lembrou que a própria história do Rio se confunde com a da Igreja: “A Igreja não é memória, é história viva. Permanece junto com o povo desta cidade.”
O Cônego Cláudio, vigário episcopal, destacou a ampliação das celebrações jubilares para a sociedade civil. Já o presidente do TCE-RJ, Márcio Pacheco, ressaltou o legado social: “O Parlamento reconhece algo que vai além do espiritual: o serviço de homens e mulheres que salvaram vidas ao longo da história da Arquidiocese.”
Fechando a mesa, o deputado federal Hugo Leal (PSD) recordou sua atuação na preservação do acervo documental da Igreja: “Em 2003, ajudei na recuperação do arquivo da Arquidiocese, por anos o único documento oficial de consultas. Esse patrimônio é essencial para a história do país.”
