terça-feira, 17 de setembro de 2024 - 5:54

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Depoimento de empresário no Conselho de Ética era desnecessário, diz Cunha

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou “desnecessário” o depoimento prestado hoje (7) pelo empresário Leonardo Meirelles, dono do laboratório Labogen, no Conselho de Ética da Casa.

Para Cunha, a fala de Meirelles não tem nada a ver com o fato investigado pelo colegiado. Cunha é investigado no conselho pela suspeita de manter contas bancárias secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

“Não existiu o fato, quem dirá prova [no depoimento]. O que vejo é que sempre há a tentativa me atribuir coisas das quais eu não sou partícipe. Não vejo nem comemoração, nem derrota. Esse depoimento era absolutamente desnecessário, não tem nada a ver com o fato, nem com a representação”, disse Cunha.

Ao Conselho de Ética, Meirelles disse que o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, usava contas de empresas dele para receber e repassar valores. O empresário afirmou que não conhece Eduardo Cunha, que não sabe de transferências para contas específicas do deputado, nem se este tem contas no exterior. Segundo Meirelles, em uma conversa informal, Youssef disse que foi pressionado para fazer uma transferência grande e que os valores eram “para Eduardo Cunha”.

Cunha tentou barrar o depoimento de Meirelles com pedido de liminar ao Supremo Tribunal Federal (STF), que foi rejeitado ontem pela ministra Cármen Lúcia. Os advogados de Cunha foram ao STF com uma ação para impedir que investigados na Operação Lava Jato prestem depoimento como testemunhas de acusação no processo no Conselho de Ética da Casa. Eduardo Cunha entende que isso foge do tema da representação aceita pelo Conselho de Ética.

Para o presidente da Câmara, não houve novidade no depoimento de Leonardo Meirelles. “Querer buscar nos fatos que estão sob investigação judicial para tentar colocar conduta [quebra] de decoro é querer burlar decisão do próprio conselho na admissibilidade. Em segundo lugar, querer criar situações que não têm amparo no regimento e na legislação para querer criar condutas inadequadas. Repudio isso”, afirmou Cunha.

*Colaborou Ivan Richard

Edição: Nádia Franco

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