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Festival atraiu cerca de 50 mil pessoas durante quatro dias

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O público deixou o palco da Lagoa de Iriry neste domingo, dia 23, com saudades das apresentações e já pensando na próxima edição do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. O evento manteve o alto nível do casting este ano e não decepcionou. Quem fechou a programação 2015 foi o guitarrista Robben Ford. Antes dele, a Banda Incognito já havia levantado o público na Concha Acústica, na Praça São Pedro.

Segundo estimativa da Secretaria de Turismo, nos quatro dias do evento, de 20 a 23 de agosto, o público deve ter chegado a 50 mil pessoas. Quem não pôde estar presente acompanhou passo a passo notícias, imagens e vídeos do Festival pelo hotsite. Foram mais de 46 mil acessos à página, de pessoas de 21 países.

SHOWS – Robben Ford encerrou com estilo a programação na tarde de domingo, 23. Um dos melhores guitarristas da atualidade, seu show é uma combinação perfeita de jazz, blues e rock. Depois de sua apresentação impecável do sábado, na Cidade do Jazz, em Costazul, o músico repetiu suas performances nos “riffs” da guitarra, na Lagoa do Iriry, e mostrou que o festival de Rio das Ostras é uma oportunidade rara para assistir, gratuitamente, aos melhores artistas do gênero.

Antes de Robben, no domingo, a banda britânica Incognito levantou a platéia que lotou a Concha Acústica, na Praça São Pedro. O sol forte da manhã tornou o clima da apresentação ainda mais quente. Depois de um show eletrizante na Cidade do Jazz na noite anterior, eles ainda tiveram fôlego e muito jazz e soul para surpreender. O líder da banda, Jean-Paul ‘Bluey’ Maunick, guitarrista e compositor, conquistou a platéia com uma declaração de amor ao povo brasileiro e ao Brasil. Ele agradeceu a presença de todos, em especial das famílias que levaram as crianças. “Seus filhos vão ouvir o que vocês ouvem. Então, apresentem a eles boa música”, disse Maunick.

ALTO NÍVEL – Os mais esperados pelo público não decepcionaram. Robben Ford, Omar Hakim e Matt Schofield mostraram porque são os melhores do mundo no que fazem. Mas muita gente se surpreendeu com apresentações como as da Banda Incognito e da multi-instrumentista Carolyn Wonderland, pequena na estatura, mas gigante no talento e interação com o público. E teve ainda Dwayne Dopsie, de volta ao festival, enlouquecendo a plateia. Alto nível também no casting nacional, com o gaitista Gabriel Grossi, o “bluesman” Cristiano Crochemore e o guitarrista e compositor Artur Menezes, que soube incendiar o público e confirmou que é um dos maiores talentos do blues do País.

Os artistas locais também fizeram bonito. A Orquestra Kuarup abriu o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, como manda a tradição. O maestro Nando Carneiro selecionou clássicos da Música Popular Brasileira em uma apresentação proposta em homenagem à clarinetista da orquestra Nana Albuquerque, que faleceu este ano. Nando Carneiro leu um texto em homenagem à artista, que foi lembrada também em imagens no telão.

O cantor Gabriel Silva conquistou a plateia com blues e puro rock and roll. O artista aproveitou para mostrar seu novo trabalho, mas também trouxe canções conhecidas, como “Hoochie Choochie Man”.

Vencedora do concurso de bandas realizado na edição passada, a Segundo Set se esmerou na apresentação, na sexta-feira, 21. O grupo fez jus ao palco da Cidade do Jazz, onde já pisaram nomes como Al Jarreau, Marcus Miller, Ron Carter e Stanley Jordan ao longo da trajetória do evento.

Durante os intervalos dos shows na Cidade do Jazz, a Orleans Street Jazz Band animou o público com um repertório descontraído, trazendo o clima das ruas de Nova Orleans, berço do Jazz, para Rio das Ostras.

CASA DO JAZZ – Mais uma vez a Casa do Jazz ficou lotada todos os dias do evento. A Casa já tem um público cativo e ainda conquista mais gente a cada edição. A programação é formada por grupos da cidade e Região, em um clima intimista, com contato bem próximo entre artistas e plateia. Entre o repertório das 15 bandas que se apresentaram muito jazz, rock e soul, com diferentes referências e estilos. A grande novidade da Casa do Jazz foi o Clube do Vinil. Reunindo os amantes do som dos discos, as apresentações foram comandadas por DJs, entoando música brasileira e internacional.

TRABALHO – O Festival não dá só alegria; também dá trabalho. Nesta edição foram montados 15 estandes de restaurantes da cidade e outros 29 que foram ocupados pelos integrantes do Programa de Renda Alternativa. Para os artistas e artesãos comercializarem seus trabalhos, foram montados mais 13 estandes.

A estrutura é pensada de forma a movimentar a economia, gerando renda e postos de trabalho. Para avaliar os resultados desta edição, uma equipe da Fundação Getúlio Vargas realizou uma pesquisa para avaliação do perfil dos visitantes e outros dados importantes. As informações estão sendo analisadas.

“Apesar de todos os desafios que tivemos para organizar esta edição, mais do que nunca concluímos o quanto esse festival é importante para Rio das Ostras, principalmente pelo retorno econômico que ele traz para os empresários e trabalhadores locais”, disse Carla Ennes, secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Rio das Ostras.