O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), localizado no bairro do Caju, Zona Portuária carioca, segue até 4 deste mês com o seu mutirão de cirurgias eletivas de joelho e procedimentos ortobiológicos.
Os procedimentos, que tiveram início no último dia 28, integram o programa Agora Tem Especialistas e têm como objetivo ampliar o acesso dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao tratamento cirúrgico de alta complexidade, além de reduzir o tempo de espera de cirurgias, como destaca o diretor da unidade, José Paulo Gabbi:
“O mutirão é um passo importante para acelerar o acesso dos pacientes do SUS ao tratamento cirúrgico e oferecer um cuidado mais humanizado. Nosso foco é devolver qualidade de vida e reduzir o tempo de espera de quem aguarda por uma cirurgia de alta complexidade”, afirma Gabbi.
O mutirão deve beneficiar 140 pacientes, segundo o INTO. Até o momento, foram realizadas mais de 45 cirurgias e 100 procedimentos ortobiológicos; técnica que estimula a resposta anti-inflamatória natural das articulações e ajuda na revitalização dos tecidos.
Entre os procedimentos executados estão artroplastias de joelho, além de cirurgias de medicina esportiva, como reconstrução de ligamentos e reparo de meniscos. As intervenções permitem a recuperação da mobilidade em pacientes com lesões ortopédicas crônicas.
Os procedimentos ortobiológicos são alternativas menos invasivas, destinados a frear o avanço de doenças articulares, como a artrose. Com o tratamento é possível reduzir a dor e melhorar a mobilidade, evitando o agravamento das lesões e necessidade de implantes de próteses, como esclarece o diretor do INTO:
“É uma abordagem inovadora, com enorme potencial de transformar a política de saúde pública em ortopedia no País. Por meio dos tratamentos ortobiológicos, conseguimos atender um número maior de pacientes com menor custo e resultados clínicos significativos, evitando o agravamento da osteoartrite e, em muitos casos, a necessidade de cirurgias mais complexas, como a prótese total do joelho”, explica José Paulo Gabbi.
Os pacientes operados receberam alta no mesmo dia dos procedimentos – excetuando os submetidos à artroplastia -, com o pós-operatório sendo acompanhado por fisioterapeutas especializados, caso da aposentada Verônica Maria Campos, de 68 anos:
“Antes da operação, era um sacrifício. Eu sentia dor para dormir, para levantar, para caminhar, até para ir ao banheiro. Fui deixando de fazer o que eu gostava — caminhar, passear, até ir ao carnaval. Hoje estou muito feliz. Posso sonhar em voltar a ir à praia, ver meus amigos, aproveitar a vida”, comemora a paciente.
No início de outubro, o INTO promoveu o primeiro mutirão de 2025, tendo realizado mais de 300 atendimentos relacionados ao tratamento de quadril, como cirurgias de alta complexidade, consultas de internação e acompanhamentos.
