Filiação foi confirmada pelo líder do partido na Casa, Eunício Oliveira. Decisão foi comemorada por Renan: “Ela, verdadeiramente, qualificará o PMDB”. Ex-petista flertou com o PSB e o PDT
A senadora Marta Suplicy (ex-PT-SP) é a nova integrante da bancada do PMDB no Senado. O anúncio da filiação foi feito na noite desta terça-feira (18) pelo líder do partido na Casa, Eunício Oliveira (CE). Com a ex-petista, o PMDB, que já ocupava o maior número de cadeiras no Senado, terá 18 senadores.
“Quero fazer um registro com muita alegria que a bancada do PMDB e que o PMDB do Brasil recebem a figura ilustre da senadora Marta Suplicy, que está se filiando ao nosso partido. Todos sabemos do quadro que é a senadora Marta Suplicy e, obviamente, vai honrar muito esta sigla que nós tanto amamos, o nosso querido PMDB”, disse Eunício, da tribuna da Casa.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), saudou a filiação da ex-prefeita de São Paulo. “Comemoramos também a filiação da senadora Marta Suplicy. Ela, verdadeiramente, qualificará o PMDB, a exemplo do que fará o governador Pedro Taques, que acaba de se filiar também ao Partido da Social Democracia Brasileira”, disse o senador. Governador de Mato Grosso, Taques deixou o PDT.
Antes de se filiar ao PMDB, Marta esteve perto do PSB. Mas as conversas com o partido do atual vice-governador paulista, Márcio França (SP), regrediram. Ela também chegou a negociar com o PDT. Na sexta-feira passada, Marta acertou sua filiação ao PMDB após reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, presidente licenciado da sigla.
Marta aceitou disputar a convenção ou as prévias para confirmar sua candidatura à prefeitura de São Paulo em 2016. A senadora deixou o PT no fim de abril, após 33 anos de vida partidária, com ataques diretos à presidente Dilma e ao antigo partido. Caso vença a disputa interna, Marta deverá enfrentar o atual prefeito, o petista Fernando Haddad, pré-candidato à reeleição.
Em maio o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que o mandato de senador não pertence ao partido, ao contrário do que ocorre na Câmara. A decisão dos ministros sepultou a pretensão do PT de reivindicar o mandato de Marta por infidelidade partidária. “Se alguém traiu alguém, eu pergunto a vocês: quem traiu quem? Eu saí do Partido dos Trabalhadores por alguns motivos: pela traição do partido aos princípios pelos quais eu ingressei nesse partido”, defendeu-se ela.