“Não será a Olimpíada que vai propagar a doença”, disse Ricardo Barros sobre pedido de adiamento dos Jogos do Rio
O ministro da Saúde, , classificou como exagero a carta aberta preparada por 150 especialistas em saúde pedindo o adiamento da Olimpíada do Rio. No manifesto, divulgado no fim de maio, os autores (norte-americanos, em sua maioria) avaliam que o evento ajudaria a acelerar a disseminação do vírus zika, responsável por epidemias em pelo menos 46 países.
“A carta é um exagero. Há um excesso de zelo. A doença já está presente em 60 países. Não será a Olimpíada que vai propagar a doença”, disse o ministro nesta quinta-feira (2).
Barros citou ainda o fato de a diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margareth Chan, vir à Cerimônia de Abertura da Olimpíada. Ele disse considerar o gesto “como uma demonstração pessoal de apoio para as medidas que estamos adotando.”
O ministro afirmou que deverá realizar, em data ainda não definida, uma reunião com integrantes de embaixadas e correspondentes internacionais para falar sobre as providências que estão sendo adotadas no País para combater a doença. De acordo com Barros, foram mobilizados 3,5 mil agentes externos e 2,5 mil funcionários para trabalhar tanto em ações de prevenção quanto de reforço na assistência à saúde.
Na carta, autores do documento acusam a OMS de não adiar o evento para evitar conflito de interesses. Especialistas lembram que a OMS e o Comitê Olímpico Internacional firmaram um acordo em 2010. Esse fato, avaliam, poderia ter abalado a isenção da OMS para avaliar riscos de saúde pública na Olimpíada.