Região Serrana vai ganhar Arranjo Produtivo Local de Cervejas Artesanais

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O reconhecimento irá fortalecer e fomentar ações em prol do setor cervejeiro nos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo


A Região Serrana do Rio vai ganhar em breve mais um incentivo à produção e ao desenvolvimento do setor cervejeiro. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo e outros municípios próximos integrarão o Arranjo Produtivo Local (APL) de Cervejas Artesanais.

Uma reunião em Petrópolis em 30/08, apresentou a iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, em parceria com a Firjan e outras entidades. A intenção é potencializar as indústrias locais de cerveja com o objetivo de aumentar a produção e, dessa forma, fomentar a economia ao gerar emprego e renda. A oficialização do programa deve ser efetivada no final de setembro.

As três cidades da região reúnem mais de 60 marcas artesanais. Considerada Capital Estadual da Cerveja, Petrópolis concentra 21 negócios entre fábricas e cervejas ciganas – como são chamadas as marcas que não contam com fábrica exclusiva. Em 2018, só as microcervejarias produziram 1 milhão de litros da bebida com um investimento de R$ 10 milhões no setor, que emprega mais de 5 mil pessoas direta e indiretamente.

Em um primeiro momento, o APL pretende atuar nas principais demandas dos empresários para que sejam identificados os gargalos para o desenvolvimento do setor. Será traçado um plano estratégico para resolvê-los e facilitar o ambiente de negócios. Uma das possíveis ações é firmar parcerias com bares, restaurantes e supermercados para estimular o consumo dos produtos fabricados na região, ou ainda, fazer a compra conjunta de insumos e matéria-prima, além do compartilhamento dos pontos de venda.

Outra possibilidade está no consumo do lúpulo cultivado na própria região. A produção nacional é pequena e, por isso, quase todo material é importado. Porém, há projetos de pesquisa e cultivo surgindo no Brasil como já ocorre em Teresópolis, primeira cidade a ter autorização do Ministério da Agricultura para produção e comercialização de cinco variedades de mudas de lúpulo no país.

O empresário José Renato Romão, proprietário da BrewPoint, em Petrópolis, vê grande valor na iniciativa. “É muito bom termos um projeto que valoriza a origem da cadeia da economia, que é a indústria. Temos muitos gargalos a serem resolvidos, sendo a questão tributária a principal delas. Se esta for resolvida, teremos um caminho para as pequenas empresas se desenvolverem”, completa.

O APL é composto por um conjunto de empresas de um segmento produtivo, localizadas na mesma região, trabalhando de forma cooperada e sinérgica.

Para Roberto Badro, presidente do Sindicato das Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral de Petrópolis, essa é uma iniciativa que beneficia o setor. “O fato de termos um projeto que una o poder público diretamente com os empresários, incluindo os pequenos, mostra que a iniciativa privada vai ter um caminho direto e mais fácil para solucionar seus problemas. A expectativa é muito boa”, diz ele.

Ainda segundo Badro, a iniciativa pode contribuir diretamente com o turismo. “A região tem uma grande oferta de bares e restaurantes especializados em cervejas artesanais, além dos eventos em torno da bebida contribuindo com a difusão da cultura cervejeira e consequente aumento de mercado”, disse.