Universidades do Rio aceleram estudos sobre o zika vírus

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Programa de pesquisa fluminense conta com quase 400 cientistas

Universidades no Estado do Rio têm realizado uma força-tarefa para acelerar estudos que possam elucidar dúvidas em relação ao zika vírus e suas complicações de saúde. As instituições de pesquisa integram seis redes científicas, que contam com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa (Faperj), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Com recursos de até R$ 12 milhões, disponibilizados em um período de dois anos, o programa de pesquisa sobre os vírus zika, chikungunya e dengue conta com quase 400 cientistas que buscam responder a uma série de questionamentos relacionados às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

– Nossa intenção é que o trabalho integrado de diversas universidades possa nos trazer resultados rápidos, já que esta é uma demanda importante da população do estado e do país – afirmou o presidente da Faperj, Augusto Raupp.

Responsável pela quinta rede de pesquisa das seis que recebem recursos do Governo do Estado, o pesquisador e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Amilcar Tanuri, está confiante de que os estudos possam garantir informações importantes para esclarecer questionamentos sobre o desenvolvimento do zika vírus no organismo humano. Parte das pesquisas referentes à virologia zika e aos mecanismos de causa da microcefalia em bebês já começam a apresentar resultados por meio da interação de diversas redes.

– O objetivo é avaliar e obter testes melhores para diagnosticar a doença, entender como o vírus causa a microcefalia para tentar bloqueá-lo e descobrir novos medicamentos. Acreditamos que em um prazo de dois anos já teremos avançado em relação a estas questões – explicou Tanuri.

Os estudos da Rede 5 foram iniciados em novembro do ano passado, quando o Ministério da Saúde decretou estado de emergência sanitária no país. Quatro frentes de trabalho estão sendo encaminhadas de forma integrada com pesquisadores da UFRJ, Fiocruz e UniRio, e com a colaboração de cientistas de Campina Grande e do Recife. São elas: Diagnóstico molecular e sorológico do vírus; Imunologia da infecção, cujo propósito é estudar a reação do sistema imune humano após a infecção do vírus; Virologia do vírus e mecanismo de causa da microcefalia, que busca entender a interação do vírus com as células do sistema nervoso central humano; e drogas antivirais, estudo sobre novos medicamentos que possam bloquear a transmissão do vírus da zika da gestante para o feto.

Integram as seis redes de pesquisadores profissionais da UFRJ, Uenf, Uerj, UFF, UniRio, Fiocruz, além de instituições como a Severino Sombra e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.