quinta-feira, 23 de janeiro de 2025 - 4:13

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Cientistas estão a um passo de criar a vacina universal contra a gripe

De acordo com estudos publicados nas revistas ‘Science’ e ‘Nature Medicine’ uma única injeção poderia proteger contra todas as mutações do vírus, eliminando a necessidade das doses anuais

O vírus da gripe muda a cada ano e a vacina contra ele deve, portanto, se adaptar. Por isso, é necessária uma dose anual, que proteja contra o tipo mais comum. Dois estudos publicados nesta segunda-feira (24) nas revistas Science e Nature Medicine, podem, contudo, mudar o rumo do combate à gripe. Eles trazem descobertas que possibilitam a criação do que seria uma “vacina universal”, eficaz contra todas as mutações. Bastaria uma única dose para a proteção por um longo período contra a doença.
Verdadeiro “Graal” da pesquisa sobre o vírus Influenza, o desenvolvimento de uma única vacina que proteja contra todas as cepas do vírus da gripe está sendo estudada há muitos anos. A busca é pela proteção de vírus mortais que tendem a se tornar pandemias, como os vindos de aves (do tipo H5N1) ou porcos (gripe do tipo A).
Os dois estudos, feitos por equipes distintas, relatam a proteção integral ou parcial em ratos, furões e macacos, um resultado bem recebido por vários especialistas. “Este é um avanço excitante”, considerou Sarah Gilbert, professora de imunologia da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Os pesquisadores enfatizam, no entanto, que a chegada da nova vacina às farmácias não está próxima. “Novas vacinas ainda deverão passar por testes clínicos para ver como funcionam em seres humanos, o que poderá levar vários anos.”
“A busca dos pesquisadores é por uma vacina que ofereça proteção contra vírus mortais, como os vindos de aves (do tipo H5N1) ou porcos (gripe do tipo A).” width=”690″ height=”388″ class=”size-full wp-image-2800″ /> A busca dos pesquisadores é por uma vacina que ofereça proteção contra vírus mortais, como os vindos de aves (do tipo H5N1) ou porcos (gripe do tipo A).[/caption]
Vírus inconstante – Os pesquisadores concentraram sua pesquisa sobre a parte do vírus que é o principal alvo dos anticorpos: a hemaglutinina. Esta proteína, presente na superfície do vírus, permite a sua fixação às células do corpo. Os estudos miraram no “tronco” da molécula, que é mais constante, ao contrário das vacinas comuns, que têm foco na “cabeça”, altamente mutável.
No estudo publicado na Nature, os pesquisadores do Instituto Americano de Alergia e Doenças Infecciosas indicam que testaram com sucesso as suas vacinas em ratos e furões, animais que apresentam os mesmos sintomas que os seres humanos. Eles foram imunizados antes de receber doses letais do vírus H5N1.
Embora a vacinação não tenha conseguido neutralizar completamente o vírus H5N1, ela protegeu totalmente os ratos e parcialmente os furões.
No outro estudo, o grupo de pesquisadores liderados por Antoinette Impagliazzo do Instituto de Vacinas Crucell, vinculado ao laboratório americano Janssen, relatou ter testado uma vacina que confere proteção completa para ratos e uma resposta imunológica considerável em macacos.
“O candidato final, chamado mini-HA, tem demonstrado uma capacidade única de induzir uma resposta imunológica ampla e protetora em camundongos e primatas não humanos”, ressaltam os pesquisadores.

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