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CPI PEDIRÁ MAIOR TEMPO DE SERVIÇO PARA COMANDANTES EM BATALHÕES

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que apura os desvios de armamento das forças de segurança, vai pedir ao Comando-Geral da Polícia Militar para que prolongue o tempo de serviço dos comandantes de cada batalhão. A CPI considera que os comandantes permanecem períodos curtos à frente dos batalhões, e são transferidos para outra unidade antes de completar um ano.

A recomendação foi feita durante audiência pública da Comissão nesta quinta-feira (17/03), que recebeu o coronel André Silva de Mendonça, comandante do Batalhão de Choque (BPChoque) entre maio de 2015 e a primeira semana de março de 2016. O encontro tinha como objetivo apurar o furto de 29 armas do paiol do batalhão, em outubro de 2014. Sete policiais da unidade foram indiciados pela corregedoria-geral da Polícia Militar, mas apenas uma arma foi localizada.

Segundo o presidente da CPI, deputado Carlos Minc, a não resolução do crime confirma a vulnerabilidade do controle de armamentos nas instituições policiais no estado: “O resultado do inquérito não apontou os culpados. Quem foi preso na época era quem estava de plantão e se suspeitou que houve cumplicidade. É claro que uma CPI não poderia deixar passar batido um fato dessa magnitude”.

Furto de armas
O coronel André Silva de Mendonça afirmou que não era responsável pela unidade no período e apenas soube do ocorrido pela imprensa. Porém, ele confirmou que, quando era subcomandante interino do batalhão, autorizou o prosseguimento do inquérito policial para apurar o caso. “Buscamos elucidar os crimes no estado, mas nem sempre logramos chegar aonde imaginamos. Sabemos que os plantonistas têm a responsabilidade naquela guarda, o que sugere um provável envolvimento daquelas pessoas”, disse.

Segundo o ex-comandante, a má qualidade dos equipamentos de controle contribuiu para o roubo das armas: “O Batalhão de Choque é um condomínio, com unidades independentes. Na época, não tinha uma reserva de material bélico com câmeras e pessoal instruído para fazer a guarda das armas”. Entre as medidas tomadas pelo batalhão após o caso, estão a abertura do inquérito e maior vigilância no recolhimento das armas.

Tanto o coronel, como os integrantes da CPI, concordaram que o tempo curto de permanência de um comandante em um batalhão dificulta o trabalho do monitoramento. “O normal seria que o comandante passasse um ano e fosse reavaliado e reconduzido, mas isso nunca aconteceu”, afirmou o coronel. Dessa forma, a comissão colocará a prorrogação do comando das unidades entre as sugestões do relatório final. Também estiveram presentes na CPI os deputados Luiz Martins (PDT), Martha Rocha (PSD) e Paulo Ramos (PSol).

(Texto de Gabriel Deslandes)

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