Nada de Daniel Alves ou Rodrygo. O treinador usou no último treinamento Militão no lugar de Danilo. E Fred no de Neymar, passando Lucas Paquetá para a meia. Uma equipe mais segura, marcadora, para enfrentar os suíços
Doha, Catar
Muitas vezes os bastidores são mais interessantes do que a própria notícia.
Perto das 21 horas começou o boato. E que foi confirmado quase à meia-noite, daqui de Doha.
Tite usou na maior parte do treino de hoje, aquele que costuma definir a escalação do Brasil, os dois jogadores mais defensivos que concorriam às vagas dos contundidos Danilo e Neymar.
Éder Militão e Fred.
A reação, em cadeia, dos jornalistas que estão aqui no Catar foi de decepção.
Por conta do futebol vistoso, ofensivo que o Brasil mostrou contra um adversário mais forte, a Sérvia.
A esperança era que o treinador apostasse em Éder Militão, sim, para atuar quase como um terceiro zagueiro, para que a zaga ficasse protegida, já que Casemiro e Paquetá deveriam atuar como volantes. Rodrygo entraria para formar um quarteto de muito talento no ataque, que nenhuma outra seleção tem, com Raphinha, Richarlison e Vinicius Junior.
Só que, ao que tudo indica, Tite optou por uma equipe muito mais consistente sem a bola.
Com essa escalação, o Brasil passa a ter um lateral/zagueiro ao lado de Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Lucas Paquetá; Raphinha, Richarlison e Vinicius Junior.
Daniel Alves não entrar no time é compreensível. O jogador tem 39 anos, está sem atuar há mais de dois meses, vive a pior fase de sua carreira, vaiado, questionado pela imprensa mexicana, por seu fraco futebol no Pumas.
Tite decidiu nesta Copa do Mundo não adiantar a escalação, como fazia, por exemplo, nas Eliminatórias e na Copas América.
A preocupação defensiva de Tite se explica apenas no meio-campo suíço. O treinador Murat Yakin costuma escalar a equipe no 4-2-3-1. Nas intermediárias, Freuler e Xhaka; Shaqiri, Sow (Frei) e Vargas.
São cinco atletas.
E o Brasil teria apenas um marcador, por característica, Casemiro.
Na véspera da partida contra a Sérvia, Tite definiu a entrada de Vinicius Junior e a saída de Fred.
Agora, ele retrocede.
“O Brasil tem três maneiras de jogar. Elas variam de acordo com o adversário”, já tinha alertado o treinador brasileiro.
Ou seja, essa escalação ortodoxa não é novidade
Mas surpreendeu a muitos jornalistas na Copa do Mundo…