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Obras do hospital do câncer de Nova Friburgo podem ser retomadas em outubro

A construção do Hospital do Câncer de Nova Friburgo, na Região Serrana do estado, paralisadas desde o primeiro semestre de 2016, podem ser retomadas em outubro deste ano. A estimativa inicial era de que o projeto estivesse pronto no segundo semestre do ano passado. O novo prazo foi anunciado pelo deputado Wanderson Nogueira (PSol), vice-presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), durante uma audiência pública promovida pelo grupo nesta quarta-feira (09/08).

O hospital, que terá capacidade para realizar 288 atendimentos por dia e quatro mil procedimentos cirúrgicos anuais, pretende ser um centro de referência no atendimento à doença não só para Nova Friburgo, mas para pacientes dos municípios vizinhos também. Entretanto, a Secretaria de Estado de Obras (Seobras) iniciou as obras em 2015 sem a aprovação da Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelo repasse da verba. Com isso, a construção foi interrompida um ano depois, com apenas 10% do projeto concluído.

“Elaboramos uma nova agenda para que essas questões burocráticas sejam resolvidas e possamos finalizar o projeto. Afinal, quem tem câncer, tem pressa, e a situação de atendimento à doença na região e no estado é crítica”, disse o deputado Wanderson.

O parlamentar explicou, ainda, que garantir a retomada das obras o mais rápido possível é essencial, tendo em vista que o contrato da Seobras e a FW Empreendimentos, empreiteira responsável pela construção, se encerra em dezembro deste ano. Se o trabalho não for reiniciado até esse período, será necessário um novo processo de licitação, representando mais um atraso, segundo o deputado.


Pensando no futuro

De acordo Bernardo Correa, representante da FW Empreendimentos, o hospital deve ficar pronto em até dois anos após o reinício das obras. Sendo assim, a gestão do centro de referência após a inauguração também é uma preocupação da Frente Parlamentar. O funcionamento do ponto de atendimento a pacientes com câncer deve custar, em média, R$ 8 milhões por ano.

Para garantir a verba para um tratamento de qualidade, a deputada Ana Paula Rechuan (PMDB), presidente do grupo, sugeriu a elaboração de emendas parlamentares e parcerias com instituições públicas e privadas na área da saúde e da pesquisa. A parlamentar pretende ainda ir à Brasília com o governador Luiz Fernando Pezão para articular os próximos passos.

“Nós já temos uma demanda de atendimento reprimida e com o envelhecimento da população, a incidência da doença crescerá ainda mais. Sabemos que é um projeto ousado, mas, mesmo com as dificuldades financeiras, precisamos pensar no futuro do Estado do Rio”, explicou Ana Paula. O deputado Doutor Deodalto (DEM) também participou da reunião. Assim como representantes da Caixa Econômica Federal, da Secretaria de Estado de Obras, do Ministério da Saúde e de instituições de combate ao câncer.

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