Oito prefeituras da Serra do Rio ficaram paralisadas nesta segunda-feira

Municípios protestam pela diminuição de repasses do Governo Federal.Todos os serviços que não são considerados essenciais estão parados.

As prefeituras de oito municípios da Região Serrana do Rio estão paralisadas nesta segunda-feira (28) em um protesto contra a diminuição dos repasses feitos pelo Governo Federal. Todos os serviços que não são considerados essenciais estão parados. O movimento, liderado pela Associação Estadual dos Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj), afirma que os municípios estão sofrendo um “estrangulamento econômico”. As cidades que aderiram foram Macuco, Nova Friburgo, Cordeiro, Trajano de Moraes, Carmo, Bom Jardim, Cantagalo e Santa Maria Madalena. Petrópolis e Teresópolis não aderiram à paralisação, mas informaram que apoiam o movimento. Nesta terça-feira (29), os prefeitos vão à Brasília falar sobre a crise econômica no interior do estado.

Segundo a Aemerj, o corte de repasses federais tem afetado os municípios da Serra. Em média, o corte corresponde a 10% do orçamento de cada cidade, totalizando mais de R$ 100 milhões que deixam de entrar nos cofres públicos.
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Prefeitura de Friburgo vai parar em protesto contra diminuição de verbas

De acordo com os prefeitos das cidades que aderiram ao movimento, mais da metade do orçamento municipal vem de repasses feitos pela União. O objetivo da paralisação é demonstrar as dificuldades enfrentadas pelos municípios. Nessas cidades, alguns contratos e licitações já foram cancelados e os funcionários estão tendo os salários atrasados.
Para a prefeitura de Nova Friburgo, o protesto é motivado pelo “estrangulamento econômico a que os municípios estão sendo submetidos”, ficando difícil manter a qualidade dos serviços públicos com a redução dos recursos federais.
“Não queremos que faltem remédios, exames ou cirurgias, nem merenda de qualidade. Não queremos deixar de limpar as ruas nem de conservar as estradas. Porém, se o Governo Federal não atentar já para a necessidade de ajudar os municípios urgentemente, tudo isso corre o sério, real e iminente risco de acontecer”, disse a Prefeitura de Cordeiro em material enviado à imprensa.
Em Cantagalo, o prefeito Saulo Gouvea se diz indignado e, além de aderir ao movimento com a assinatura do decreto, distribuiu o manifesto enviado pela Aemerj no comércio e em outros pontos estratégicos da cidade como forma de mostra à população a situação crítica enfrentada por todos os municípios.

Confira o valor que cada município está deixando de receber, segundo as prefeituras
Nova Friburgo – R$ 40 milhões
Cordeiro – R$ 6 milhões
Trajano de Moraes – R$ 5, 5 milhões
Carmo – R$ 8 milhões
Bom Jardim – R$ 4, 5 milhões
Cantagalo – R$ 6, 6 milhões
Santa Maria Madalena – R$ 5 milhões
Macuco – R$ 5 milhões