Você está visualizando atualmente OLS ABORDA 10 MILHÕES DE PESSOAS EM AÇÕES EDUCATIVAS

OLS ABORDA 10 MILHÕES DE PESSOAS EM AÇÕES EDUCATIVAS

Em seis anos, foram realizadas mais de 9,7 mil atividades em todo o estado

Desde que foi implantada, em março de 2009, a Operação Lei Seca (OLS) já abordou quase 10 milhões de pessoas em mais de 9,7 mil ações educativas, que incluem palestras, blitzes e capacitações em todo o estado. Criada como política pública de governo com viés específico para tratar a fiscalização da alcoolemia, a OLS tornou-se referência nacional. Segundo o coordenador da Lei Seca, o tenente-coronel Marco Andrade, as principais ações realizadas já foram acompanhadas por representantes de 20 estados e de guardas municipais de diversos municípios fluminenses.

D.O Notícias – Quais projetos educativos a Lei Seca realiza?
Marco Andrade – O principal foco educativo são os treinamentos de policiais militares e agentes públicos e a interação com a sociedade para falarmos sobre a importância da mudança de hábitos nocivos ao trânsito. Realizamos esse trabalho principalmente por meio de palestras em escolas, empresas e universidades, onde os agentes de educação informam sobre a realidade e os problemas do trânsito e questões sobre a quantidade de álcool que contribui para casos de vítimas fatais e não fatais. Até o dia 4 de setembro, fizemos 9.723 ações educativas, sendo 1.459 palestras, e abordamos quase 10 milhões de pessoas.

D.O – As operações de rua são consideradas ações educativas?
M.A – Sim, porque a Operação Lei Seca é estruturada em dois pilares complementares: fiscalização e educação. Em uma blitz, paramos cerca de 180 veículos, mas o alcance indireto de pessoas durante a fiscalização é muito mais significativo, gerando uma mudança no comportamento social. Nas ações de fiscalização temos o objetivo de retirar das ruas quem não entendeu a mensagem educativa de prevenção, não aderiu à campanha educativa e não mudou o comportamento relacionado a combinação de álcool e direção.

D.O – Qual o impacto dessas atividades para a sociedade?
M.A – No viés da educação temos 50 funcionários, sendo 33 vítimas do trânsito. São pessoas cadeirantes e provas vivas de que o perigo de álcool e direção, sobre o qual alertamos a sociedade, existe de verdade e não são números estatísticos frios. Com essa abordagem, a sociedade passou a enxergar o problema da alcoolemia de forma diferenciada porque quem leva a mensagem é uma pessoa vítima do trânsito. Então, a pessoa que nunca passou por essa realidade, pode ouvir e avaliar e isso influencia muito a mudança de comportamento das pessoas.

D.O – Que materiais de apoio são usados nas palestras?
M.A – Adotamos comportamentos diferentes de acordo com o público. Para os adultos, em empresas ou instituições públicas e privadas, discutimos os impactos sociais das ações e da contribuição para a sociedade. Quando conversamos com adolescentes falamos sobre a questão do álcool, que é uma droga, porta de entrada para outros tipos de droga e tem consequências individuais e sociais. Para crianças a partir de 6 anos temos cartilhas, gibis e o desenho animado feitos em parceria com Daniel Azulay, que transformaram o etilômetro, vilão de alguns motoristas, no super-herói Soprinho. Crianças e adolescentes também recebem um certificado de participação da palestra de prevenção da OLS para mostrarem em casa e explicarem o que aprenderam. Com essas ações, buscamos influenciar as novas gerações para se tornarem cidadãos mais conscientes, tranquilos e colaborativos, melhorando o trânsito no estado.

D.O – A OLS tem realizado capacitações de policiais militares e do Exército. Esses treinamentos serão expandidos?
M.A – Somos procurados por diversos órgãos que buscam entender nossos processos, muitas vezes para conquistar a credibilidade e a simpatia do cidadão. Pela nossa experiência, oferecemos cursos regulares de especialização de policiais militares para o trânsito. Uma primeira turma da Polícia do Exército passou pela nossa capacitação para melhorar o atendimento ao cidadão. Temos contato com Guardas Municipais do Rio, Itaboraí e Angra dos Reis, que querem saber sobre nosso modo de tratar o cidadão, ressaltando a questão do exemplo, da atitude, do comportamento, como respeitar o cidadão e melhorar o atendimento mesmo realizando nossa fiscalização.