Voluntários limparam pátio, mas foram impedidos de entrar na sala de necropsia
Rio – No terceiro dia de paralisação do serviço de necropsia, no Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio, a ONG Somos Todos Vítimas fez um mutirão de limpeza na unidade. Cerca de 40 voluntários fizeram uma faxina no pátio. No entanto, foram proibidos de limpar as dependências e as salas de necrópsias. Na segunda-feira, os legistas paralisaram alguns serviços por tempo indeterminado, porque dizem que faltam condições mínimas de higiene.
Os exames de corpo de delitos e os laudos continuam sendo feitos. Os corpos que precisam de necropsia estavam sendo encaminhados aos IMLs de Campo Grande.
“Recolhemos 40 sacos de lixo. Retiramos folhas de árvores que estavam espalhadas no chão e muita sujeira. Infelizmente não podemos limpar a parte de dentro. No banheiro, há urina no piso, não há sequer água para a descarga dos sanitários”, lamentou o membro da ONG, Edson de Castro, de 49 anos.
Além de um caixão, manifestantes levaram vários cartazes, com dizeres do tipo: “desrespeito aos vivos e aos mortos” e “o Estado do Rio morreu.”
Em nota, o Departamento de Polícia Técnico Científica (DGPTC) da Polícia Civil informou que, “considerando o cenário de contingenciamento financeiro e a suspensão das atividades da empresa encarregada do serviço de limpeza, os diretores dos Postos Regionais de Perícia Técnico Científica (PRTPCs) têm buscado parcerias com prefeituras, subprefeituras, hospitais, companhias de limpeza urbana, dentre outros órgãos para realização do serviço.”