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PMDB resolve não resolver

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Partido adia decisão sobre ruptura com Dilma e reelege Temer para presidir legenda

O DIA
Brasília – O PMDB resolveu adiar a decisão sobre o rompimento com o governo para daqui a um mês. Durante a convenção nacional do partido, ontem em Brasília, os peemedebistas optaram por manter os cargos na Esplanada, mas aprovaram moção que proíbe membros da sigla de assumir novos postos no Executivo durante os próximos 30 dias — hoje o partido tem sete ministérios.

Com a nova definição, o deputado Mauro Lopes (MG), que iria para a Secretaria da Aviação Civil na semana que vem, não poderá assumir, a menos que opte pela desfiliação. O encontro na capital federal reuniu as principais estrelas do partido e reelegeu o vice-presidente da República, Michel Temer, para a presidência do PMDB. Temer chegou à convenção junto com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), e do ex-presidente José Sarney. Não foi uma entrada triunfal. Militantes gritaram Fora Cunha e, antes de falar, Sarney ouviu um princípio de vaia. O discurso de Temer, no entanto, foi aplaudido por todos.Em meio a apelos para que o PMDB desembarque do governo, e gritos de “Brasil pra frente, Temer presidente”, Temer defendeu a unidade da legenda. “O nosso PMDB sempre teve diversidades internas, mas converge em todas as ocasiões em que é preciso cuidar do País”, afirmou. Sem fazer críticas à administração petista, mas também sem mencionar a possibilidade de rompimento, Temer disse que “não é hora de dividir os brasileiros, de acirrar os ânimos, levantar muros”.

Em menos de dez minutos de fala, Temer disse não ser possível ignorar as crises política e econômica, que ele chamou de “gravíssimas”. “O quadro recessivo, o desemprego crescente, a carestia precisam ser combatidas”, afirmou.

O partido deve aguardar as manifestações de hoje para tomar decisões sobre o governo. “É claro que as ruas falam muito”, comentou o ex-ministro Moreira Franco. Disputado por governistas e opositores da presidente Dilma, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (AL), evitou o microfone e preferiu uma atuação discreta no auditório, comportamento oposto ao da ex-petista e agora peemedebista Marta Suplicy. “Dilma é uma presidente que não dá conta do recado, uma presidente isolada e que não consegue governar”, atacou a ex-prefeita de São Paulo.

Durante a convenção, o ex-presidente José Sarney (AP) recebeu o título de presidente de honra do partido. Sem comentar os pedidos de desembarque do governo, Sarney elogiou o trabalho e a liderança de Temer.