Plano traz propostas para transformar o Estado do Rio em plataforma logística mundial
A Secretaria de Transportes apresentou, ontem, os primeiros resultados e as próximas ações do Plano Estratégico de Logística e Cargas do Estado do Rio de Janeiro – PELC RJ 2045, na Associação Comercial. O evento foi aberto pelo secretário de Transportes, Rodrigo Vieira, e conduzido pelo subsecretário Delmo Pinho.
O PELC RJ 2045 é a base de uma política para o transporte de cargas e logística no estado, contemplando, em cenários até o ano de 2045, conexões com o Vale do Paraíba/SP, Minas Gerais, Espírito Santo e o Centro-Oeste, onde estão localizados os grandes centros produtores, visando a distribuição dos produtos e cargas para os grandes mercados consumidores nacionais e internacionais.
– A atual rede logística do Estado, que conta com portos com excepcionais condições de acesso marítimo, aeroportos e heliportos, malha ferroviária federal e rodovias de alta capacidade, é o ponto de partida para a consolidação do Rio de Janeiro como uma plataforma logística de classe mundial – afirmou o secretário Rodrigo Vieira.
Entre as iniciativas apontadas pelo plano estão investimentos na via Dutra, a exemplo da construção da nova descida da Serra das Araras, a construção de pistas marginais na Baixada Fluminense e de terceira faixa no Vale do Paraíba. Na BR-101, o PELC sugere a construção da terceira faixa entre Niterói e Manilha, eliminando este gargalo histórico na região. Na questão ferroviária, o principal projeto é a EF -118, Ferrovia Rio-Vitória, que tem potencial de carga de 100 milhões de toneladas por ano.
No setor portuário, os projetos já contratados, como a construção da Avenida Portuária, que vai conectar a Avenida Brasil e à Linha Vermelha ao Caju, abastecendo o Porto e também agilizando o acesso dos motoristas que vem da Ponde Rio-Niterói.
O plano foi elaborado a partir de um grande levantamento, iniciado em 2014 com apoio do Banco Mundial, que envolveu representantes de entidades públicas e privadas, incluindo o detalhamento de todos os tipos de cargas que cruzam o estado do Rio de Janeiro.
– A partir desses dados, foi possível elaborar propostas para 12 grandes âncoras do transporte de cargas, como o Porto do Rio, o Aeroporto Internacional Tom Jobim, os portos do Açu e de Itaguaí, e orientar os investimentos para os próximos 30 anos que vão permitir desenvolver o potencial logístico do Rio de Janeiro – explicou o subsecretário Delmo Pinho.
Foto: Henrique Freire