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Baía de Guanabara terá observatório coordenado por cientistas

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Ações de recuperação serão planejadas em parceria com técnicos do Governo do Rio

Um observatório da Baía Guanabara foi criado, nesta segunda-feira (3/8), por meio de um acordo de cooperação técnica assinado pelo governador Luiz Fernando Pezão e 10 centros de pesquisa, sendo sete universidades. A parceria – que prevê ações para os próximos 15 anos – permitirá a elaboração de diagnósticos sobre as condições ambientais e socioeconômicas da baía, assegurando o restabelecimento do ecossistema ideal. A cooperação inclui condições tecnológicas, científicas e operacionais. Pesquisadores estrangeiros com experiência na recuperação das baías de Chesapeake (EUA), Brest (França), e Sidney (Austrália) serão convidados a participar do grupo trabalho.

– É uma parceria histórica. Todos os nossos técnicos estão à disposição das universidades, que nos procuraram e propuseram a criação desse fórum, e também das fundações e da Marinha. Essa cooperação nos dá transparência para apresentar ao mundo todo o trabalho que vem sendo feito em prol da baía. Avançamos muito no tratamento de esgoto no entorno da baía. Além das obras que já fizemos, temos hoje mais de R$ 3 bilhões em ações em andamento voltados para a despoluição da Baía de Guanabara – afirmou Pezão.

Caberá às universidades propor ao Estado investimentos para o tratamento do esgoto das cidades localizadas às margens da baía pelos próximos 20 anos, além de acompanhar o monitoramento da qualidade da água e da criação de um banco público de dados. O diagnóstico deverá ser entregue no fim deste ano. Depois, será feito um plano de metas para a despoluição da baía.

– Ainda há muita vida no ecossistema da baía. Teremos um grupo de trabalho integrado por laboratórios das principais universidades, ajudando o governo a consolidar propostas técnicas e acompanhando a execução de projetos, entre outras tarefas. A Baía de Guanabara tem solução – destacou o coordenador do Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão da Produção da Coppe/UFRJ, Rogério Valle.

A participação do Governo do Rio se dará por meio das secretarias de Estado de Ciência e Tecnologia, do Ambiente e da Câmara Metropolitana de Integração Governamental.

– Temos três grandes objetivos: reunir dados para saber quais as circunstâncias de vida na baía e em seu entorno; construir um robusto plano de recuperação; e, posteriormente, nas proximidades dos Jogos Olímpicos, fazer um monitoramento mais denso sobre as condições do ecossistema a fim de apresentá-lo às autoridades e sociedade civil antes das competições – detalhou o diretor-executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, Vicente Loureiro.

O acordo de cooperação abre uma nova etapa de aprofundamento de ações de melhoria da qualidade da água da baía, segundo o secretário do Ambiente, André Corrêa:

– Estamos transformando um programa de governo em um programa de Estado.

Nos últimos 8 anos, o Governo do Estado avançou no tratamento de esgoto no entorno da Baía de Guanabara com investimentos pesados para construir, ampliar ou ativar estações de tratamento de esgoto e aportes de mais de R$ 3 bilhões de diferentes fontes. Atualmente são sete estações em funcionamento as estações da Penha, Ilha, Icaraí, Alegria, São Gonçalo, Pavuna e Sarapuí.

Além das obras da Marina da Glória, e da unidade de tratamento do Rio Irajá, está sendo construída a Estação de Tratamento de Alcântara (São Gonçalo), e ampliadas as estações de Alegria, Sarapuí e Pavuna. Também serão feitas obras de saneamento do Complexo da Maré e execução do tronco coletor Faria Timbó e do tronco coletor Manguinhos, beneficiando bairros como Manguinhos, Alemão, Del Castilho e outros.

– Todo esse trabalho será complementado pela parceria público-privada para o tratamento de esgoto na Baixada Fluminense e em São Gonçalo. Em breve, o estado vai autorizar a modelagem dos projetos – complementou Pezão.

São signatários do acordo:

– Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj);
– Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf);
– Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ);
– Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
– Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uni-Rio);
– Universidade Federal Fluminense (UFF);
– Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ);
– Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
– Fundação Getúlio Vargas (FGV);
– e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (da Marinha).

Fotos: Clarice Castro