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Demissões em Macaé impactam economia riostrense

Uma reportagem publicada pelo Portal de Internet G1, no último domingo, 23, revelou que a cidade vizinha a Rio das Ostras, Macaé, teve o pior índice de demissões no interior do Rio durante o mês de julho. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, a cidade registrou queda de 2,6 mil vagas, sendo este o pior número em todo o ano de 2015. Ao todo, foram 27,2 mil contratações contra 32,2 mil demissões, resultando em 5 mil vagas a menos. A situação preocupa o comércio riostrense, que sofre com os reflexos da crise. Diante do panorama, a Prefeitura antecipou o pagamento de metade do 13º salário dos servidores como forma de movimentar a economia da cidade.

Analisando os dados do Censo de 2010, do IBGE, estima-se que quase 20 mil trabalhadores de Macaé escolheram Rio das Ostras para morar. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio das Ostras – Aciro, Flavio Poggian, diz que o aumento do desemprego na cidade vizinha está diretamente relacionado à queda de vendas em Rio das Ostras.

“A crise ?atinge em cheio a nossa cidade; sobretudo o comércio, por conta das muitas demissões realizadas pelas empresas sediadas em Macaé. A construção civil, que era uma das alavancas da economia da cidade, também já passa por dificuldades, fruto da elevação do índice de desemprego na região. Neste momento de dificuldades é importante que o nosso comerciante invista mais na gestão do seu negócio e use a criatividade para driblar a crise”, diz Poggian.

Como forma de minimizar os efeitos gerais da recessão, a Prefeitura de Rio das Ostras vai antecipar o pagamento de metade do 13º salário dos servidores, em agosto. A iniciativa contribui para a injeção de cerca de R$ 8 milhões no comércio e rede de serviços locais. Além disso, a Administração avalia que há muitos servidores que hoje arcam com todo o orçamento doméstico, já que tiveram familiares demitidos de seus empregos na iniciativa privada.

ÍNDICES – Com dificuldade, Rio das Ostras vem se empenhando para superar a crise. Em julho, a cidade registrou -0,3% de variação na taxa de empregos. Embora indique queda, o resultado ainda ficou melhor que a média do Brasil – que é de 0,39% – e do Estado do Rio de Janeiro, – 0,51%. Em Macaé essa queda foi ainda maior, registrando -1,92%, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho.

No Brasil, esse foi o quarto mês consecutivo em que as demissões superaram as contratações. Nos últimos 12 meses, o País já perdeu mais de 778 mil empregos com carteira assinada. De acordo com reportagem do jornalod_jornall O Globo, publicada no último dia 22, o Brasil pode perder 1,3 milhão de postos de trabalho este ano.