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Ecobarcos recolhem 28 toneladas de lixo na Baía da Guanabara durante evento-teste

Operação reuniu força-tarefa do governo do Estado para garantir limpeza das raias nas competições de vela

Os dez ecobarcos que atuaram na Baía de Guanabara durante o evento teste de vela, realizado na semana de 15 a 22 de agosto, recolheram aproximadamente 28 toneladas de lixo flutuante – média de três toneladas e meia por dia. A operação de limpeza nas raias de competição garantiu segurança e condições de competição adequadas para os 344 atletas de 55 países.

– Estamos muito satisfeitos com o resultado. Conversamos com dirigentes de federações e atletas e posso dizer que o saldo do evento-teste foi positivo. Ainda há muito trabalho a ser feito até os Jogos, mas o Governo do Estado continua a investir em várias ações de revitalização da Baía de Guanabara – avaliou o secretário de Estado da Casa Civil, Leonardo Espíndola.

O evento marcou o início do novo plano de contenção do lixo flutuante, implementado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado do Ambiente, que prevê um sistema que evite a chegada de 95% dos resíduos à Baía de Guanabara.

– O grande desafio é primeiro parar de sujar para conseguir limpar. Lixo zero não existe em nenhuma baía do mundo. Esse sistema ficara de legado para a baía no pós-olimpiada – disse o secretario do Estado do Ambiente, André Correa.

Força-tarefa
A secretaria do Ambiente, o Inea e empresas privadas criaram um plano de atuação específico para o evento-teste de vela. Veja algumas das ações que contribuíram para o sucesso da competição:

· Auxílio tecnológico de gerenciadora, possibilitando o monitoramento, por satélite, da rota do lixo flutuante nas águas da baía, orientando a operação da frota de ecobarcos. O novo sistema identificou as regiões da baía com maior acúmulo de resíduos, fazendo com que a coleta fosse mais eficiente.
· Apoio preventivo de sete embarcações de empresas parceiras do Plano de Área da Baía de Guanabara (PABG), especialistas em acidentes ambientais.
· Comunicação realizada por radiotransmissores entre os ecobarcos, a gerenciadora e a organização do evento-teste, permitindo uma maior integração entre a operação de coleta e transbordo dos resíduos flutuantes, com envio imediato das coordenadas de localização do lixo na baía para as embarcações;

· Atuação de embarcação rápida para validar as informações do programa de simulação usado pela gerenciadora para localização da rota do lixo. Esse programa se baseia em modelos numéricos, de acordo com os quadrantes de marés, ventos, correntes e condições pluviométricas;
· Aplicativo online, operado pelos tripulantes dos ecobarcos, informando à gerenciadora a quantidade e o tipo de lixo recolhido em cada área de atuação das embarcações.

· As informações provenientes do aplicativo são armazenadas pela gerenciadora. A partir desses dados será elaborado um plano de gestão que permitirá futuras adequações no processo de coleta de lixo, como, por exemplo, a necessidade de mais ecobarcos.

· Quatro bases para descarga de resíduos: na Marina da Glória; no Arsenal da Marinha, região do Porto Maravilha; no Posto de Salvamento Marítimo (SAR33), localizado na Praia da Bica, Ilha do Governador; e na enseada de Gragoatá, em Niterói.

· Utilização de nove ecobarreiras. Entre estas, cinco novas, feitas de material mais resistente e instaladas em quatro rios da Baixada Fluminense. Em 2016, serão 17 ecobarreiras, no total. Todas contarão com sistema mecânico de coleta e caminhões para transporte dos resíduos para os aterros sanitários.

Fotos: Divulgação SEA