Friburgo, vai receber equipamento que prevê movimento de terra

Aparelho ficará em escola no Floresta; medida é preventiva a desastres.
Alterações são vistas com antecedência de até três dias.

Uma estação robotizada que prevê movimentação de terra será instalada em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. O equipamento será fornecido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e da Tecnologia em conjunto com a Coordenadoria de Defesa Civil. A Estação Total Robotizada (ETR) ficará na Escola Municipal Lafayete Bravo Filho, no Bairro Floresta, que abrange Rosa Branca e Granja Mimosa, devido à topografia. A data da instalação não foi divulgada e outra cidade da região, como Petrópolis e Teresópolis, também vão receber o aparato.
A ETR tem cobertura na faixa de 2,5 km, em 360º, 24h por dia. O aparelho funciona repercutindo sinais de laser a sensores denominados prismas, que retransmitem o sinal à estação. O mínimo deslocamento dos prismas e as menores alterações de suas posições indicam anomalias no terreno. Os movimentos de massa de terra são obtidos com antecedência de até três dias e fornecem subsídios para emissão de alertas prévios.

Os prismas serão instalados em plataformas de concreto, juntamente com pluviômetros e sensores de sola, formando uma rede de coleta de dados. Com os pluviômetros automáticos, semiautomáticos e manuais, essa coleta de dados ficará ainda mais precisa. Os dados têm envio imediato pela internet para o Cemaden, que os analisa e toma as devidas medidas. Todo esse equipamento de alta tecnologia para o monitoramento de encostas e morros totaliza investimentos em torno de R$ 1,1 milhão.
Outras cidades receberão as estações: Santos (SP), Recife (PE), Salvador (BA), Angra dos Reis (RJ) e Blumenau (SC). A cidade de Campos do Jordão tem uma estação semelhante, instalada em um projeto-piloto coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo próprio Cemanden.
O Cemaden foi criado pelo Governo Federal em 2011, após a tragédia ocorrida na Região Serrana do Rio, para unir esforços de profissionais técnicos e tecnologia para evitar novas ocorrências como aquela.