GOVERNO ACREDITA EM NOVO PROJETO PARA O COMPERJ

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis) acredita que a mudança de planos em relação ao Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) é viável para superar a crise. Em reunião realizada nesta quinta-feira (06/08) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga as perdas do Estado do Rio por influência da gestão precária da Petrobras, o secretário Marco Antônio Capute disse que o governo e a estatal atuam em conjunto para retomar investimentos no setor.

“A retomada do pólo de gás natural no Comperj é um dos projetos, porque uma unidade de gás natural gera matéria prima para o pólo petroquímico. E também pode facilitar a implantação do primeiro trem de refino. A médio prazo, esse plano vai seguir, por isso estendemos o prazo de incentivos”, explicou Capute.

Mudanças
Relator da CPI, o deputado Luiz Paulo (PSDB) disse que o Estado do Rio é o maior prejudicado pela crise da estatal e o governo deveria se posicionar para ser compensado: “O Comperj deveria estar funcionando como refinaria, mas só tem previsão para beneficiar o gás natural e inaugurar isso em outubro de 2017, enquanto a refinaria depende de um parceiro. Não há data para reiniciar os trabalhos”. O parlamentar defendeu mudanças no regime de partilha da exploração do petróleo.

Presidente do grupo, o deputado Edson Albertassi (PMDB) disse que nas próximas reuniões da comissão serão ouvidos representantes da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Secretaria de Fazenda e da Petrobras. Está prevista também uma visita ao Comperj.

“Algumas questões ainda precisam ser respondidas. A nossa expectativa é para o relatório final ser entregue em setembro e encerrar a CPI com avanços importantes, não só demonstrando a perda que o estado do Rio teve, mas também criando condições para que no futuro a gente tenha avanços para recuperar parte do recurso perdido”.

(Texto de Camilla Pontes)