O governador Luiz Fernando Pezão já iniciou uma série de reuniões com deputados estaduais para garantir, na Alerj, a votação das medidas de contrapartida ao Plano de Recuperação Fiscal, aprovado ontem (17/05) no Senado. Ele afirmou hoje, no XXIX Fórum Nacional, na sede do BNDES, que espera obter, na Assembleia, o mesmo apoio conquistado no Congresso.
– Teremos um acordo com a União para não pagar dívidas durante três anos, não sofrer bloqueios e garantir a previsibilidade do salário do servidor. São R$ 62 bilhões em três anos e acho que os deputados estarão sensíveis a isso. O que o servidor mais quer é ter seu salário em dia – ressaltou.
Para o governador, a consequência mais importante da aprovação do Plano será a regularização no pagamento dos salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas.
– Vocês acham que eu quero atrasar o salário de um aposentado? É cruel, eu sofro tremendamente. Enquanto não resolver isso, não vou sossegar- afirmou.
Segundo Pezão, a expectativa é que a sanção presidencial do Plano de Recuperação possa ocorrer ainda nesta semana.
– Essa não é uma lei para o Estado do Rio, é uma lei para o Brasil, para os estados que quiserem aderir. E vocês podem ter certeza que muitos dos estados vão precisar dessa lei – disse o governador.
Pezão também defendeu a necessidade da reforma da Previdência e elevação da contribuição previdenciária para o reequilíbrio fiscal dos estados brasileiros.
– Não podemos brincar, fazer demagogia nessa hora, com toda essa dificuldade, toda a crise. Tenho 440 mil funcionários ativos e inativos e 16 milhões de pessoas clamando por mais segurança, saúde, educação. Fizemos todos os deveres de casa. O custeio da máquina do Executivo retornou a 2010. Mas é preciso esforço de todo mundo, o Estado não pode ter ilhas.
Fotos: Carlos Magno